Título: Anna e o Homem das Andorinhas
Autor: Gavriel Savit
Páginas: 270
Editora: Fábrica 231
Seria possível existir inocência em 1939 no meio de uma guerra mundial?
Depois de ler "Anna e o Homem das Andorinhas", com certeza dá pra crer que sim. Tem inocência, tem amor, cuidado, carinho; e tudo isso entre o ódio gratuito.
"De início, ela ficara constrangida com as coisas que não sabia, mas a essa altura tinha percebido que não havia vergonha em aprender."
Pag. 98
Anna, aos sete anos de idade, vive muito feliz ao lado do seu pai na Polônia.
Apesar de perceber que algumas coisas estavam diferentes, ela não fazia ideia do que estava acontecendo no mundo.
O pai de Anna ensinou o máximo de línguas para a filha para que ela pudesse se comunicar com o máximo de pessoas que conseguisse. Para ela isso era divertido, para ele, poderia ser a salvação.
Ele era professor e sem aviso, foi tirado de casa com a desculpa de ter que participar de uma reunião em uma sala da Universidade que lecionava, mas dessa reunião ele nunca mais voltou.
Anna que havia ficado na farmácia de um amigo do seu pai, logo ficou sozinha, pois esse amigo também não era assim tão "amigo". Anna foi colocada pra fora. Tentou entrar na sua casa, mas aa mesma estava trancada. Ela estava com fome, cansada e com medo.
"Seu pai nunca lhe falava em polonês. Dizia que os polonês saberia se cuidar."
Pag. 13
É nesse momento que surge um homem sinistro, mas com muita história pra contar. Sua aparência não é das melhores, mas seu mistério encantou a menina. O homem das andorinhas se torna a tábua de salvação de Anna.
"Se não fosse pela velha sra. Niemczyk, Anna poderia muito bem nunca ter conhecido o Homem das Andorinhas."
Pag. 24
Anna e o Homem das Andorinhas se embrenham na floresta para tentar fugir da guerra. Nunca paravam de andar, o medo da guerra alcançá-los era constante. E é andando sem parar que os dois vivem em aventuras terríveis, passam fome e frio, mas seguem andando. Conhecem algumas pessoas boas e muitas ruins, e continuam andando.
" - Aquilo - disse o homem magro, sem se virar - era uma andorinha."
Pag. 32
Gosto bastante de histórias que se passam nos períodos das guerras, mas este é tão poético, lindo e sofrido, que é impossível não se emocionar e torcer por seus personagens tão fortes e marcantes.
Poucos personagens, basicamente fica entre Anna, e o Homem das Andorinhas, vez ou outra um novo personagem entra, mas é uma guerra, portanto ninguém consegue ficar muito. Eles vem, deixam sua marca e se vão.
Uma história rica, completa, contada pelas palavras de uma menina órfã de sete anos que irá crescer, aprender o lado obscuro da guerra enquanto cresce.
Se você gostou de "A Menina que Roubava Livros" e "O Menino do Pijama Listrado", há grandes chances de você também gostar de "Anna e o Homem das Andorinhas".
A capa é um primor, e a diagramação é linda. Ilustrações que remetem a desenhos infantis, como se a própria Anna estivesse contando aquele trecho em forma de desenho.
Estou encantada com tanto cuidado e poesia.
Recomendado!!!
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Também sou fascinada por livros assim e sem sombra de dúvidas, há poesia demais nessa história!
ResponderExcluirPreciso do livro..rs
O lirismo, inocência..é nítido em cada frase, em cada tentativa de explicar a essência da trama.
Soou como emocionante...e belo, sem deixar de ser triste e denso.
Adorei capa e as ilustrações infantis...
Beijo
Olá, Lelê.
ResponderExcluirNão conhecia a obra e fiquei encantado. Adoro enredos que se passam nas Guerras e esse parece ser maravilhoso. Parece ser repleto de lirismo, beleza e inocência mesmo em meio do caos total.
Certamente vou querer conferir essa obra.
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como o Marcus, eu adoro enredos de guerra, acho-os tristes e emocionantes por si mesmos
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais ansiosa em conferi essa história que parece ser ótima.
ResponderExcluirLêle,é sempre bom saber que existe inocência,amor,cuidado,carinho entre o ódio gratuito quero muito conhecer Anna e sua relação de amizade com esse homem tão sinistro e ministro que se torna a tábua de salvação de Anna.Amo histórias de que passam em períodos de guerra e sendo poética acredito que vou gostar mais ainda .Gostei muito da capa,amei as ilustrações infantis.Ansiosa pra ler.Beijos!!!
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