Resenha: Como Falar com um Viúvo

                                                                                          
Título: Como Falar Com Um Viúvo

Autor: Jonathan Tropper

Páginas: 270

Editora: Arqueiro






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     "Como Falar Com Um Viúvo" foi lançado em 2007 e chegou no Brasil em 2010, eu comprei em 2012, mas só esse ano que me animei com a leitura. Como fiz junto com o Lucas o evento para falar do gênero Lad-lit - que é o gênero do autor -, eu achei melhor ler logo tudo dele. E gente!! Que livro!!!

     Diferentemente dos outros dois livros do autor, "Como Falar Com Um Viúvo" tem uma linha dramática mais forte, mas a veia cômica se faz presente de uma forma maravilhosa. Ou seja, numa página eu estava rindo, na outra chorando, e rindo na próxima, e assim foi o livro todo.


"Estava tudo ali, num lugar qualquer, tão sem 
vida quanto os detritos amassados e queimados 
ao redor. Isso simplesmente não parecia possível.
Eu entendia que era verdade, mas não 
conseguia aceitar."
Pag. 37


     Doug é um homem de 29 anos que está passando pelo pior momento da sua vida. Hailey, sua esposa 11 anos mais velha faleceu há um ano, e a dor e o luto parecem sem fim para ele.

     Ele conheceu Hailey no trabalho. Uma mulher mais velha, com um cargo melhor que o dele na empresa, divorciada, mãe de um adolescente revoltado, mas é uma mulher bonita, decidida e forte. Tudo o que Doug precisava para fazê-lo abandonar a vida de solteiro e se entregar ao amor. E foi isso que ele fez.

     O casamento durou pouco. Hailey faleceu, mas Doug morreu com ela ainda estando vivo. 

   
"Eu tinha uma esposa, repito várias vezes.
Seu nome era Hailey. Agora ela se foi. 
E eu também."
Pag. 12


     Ele tinha uma coluna em uma revista mensal. Sua coluna dava dicas totalmente irrelevantes, do tipo, Como falar com um artista. Porém tudo que ele escrevia não fazia sucesso nenhum. Ninguém dava atenção para suas matérias. Com o luto sem fim, ele resolveu lançar o: "Como falar com um viúvo", onde ele retrata suas dores, as coisas que aconteciam em volta, como as pessoas o tratavam... Enfim, em pouquíssimo tempo sua coluna se tornou o maior sucesso da revista. Contratos milionários apareceram, seu grande sonho de se tornar um escritor bate na sua porta, mas a custa de quê? Da morte de Hailey. Não, isso ele não pode aceitar.

     
" - Você perdeu sua esposa, Douglas. Eu sinto
muito por você, de verdade. Mas perco meu
marido dia após dia. E não posso nem
ficar de luto."
Pag. 94


     Seu pai sofreu um AVC. Antes ele era um grande cirurgião super renomado, hoje brinca no quintal só de cuecas. Há dias bons que ele sabe tudo e reconhece todo mundo, conversa como se fosse o pai mais zeloso de todos os tempo, mas nos dias ruins... é bem triste.

     Sua irmã gêmea está grávida e se divorciando. Claire então decide pegar suas coisas e se mudar para a casa de Doug.

     Russ, o filho de Hailey que só vem arrumando problemas, encontra em Doug seu único porto seguro. Ele definitivamente gosta mais do padrasto que do próprio pai. Por isso ele também se muda pra lá.

     Debbie está noiva e prestes a se casar com um antigo amigo de Doug. 

     Ele simplesmente não quer participar disso. Não perdoa nem o amigo, nem a irmã. O problema todo está em como os dois se conheceram. 

     Como é de costume na religião judaica, durante o luto a família deve cumprir o shivá. E foi nesse shivá que Debbie conheceu seu futuro marido. Ou seja, Doug não aceita que um amor possa ter começado diante da morte da sua esposa.

     
"Tenho só 29 anos, pelo amor de Deus. Minha 
história devia ser uma comédia romântica urbana
sobre um cara irresponsável que descobre o
verdadeiro amor e amadurece, não essa tragédia
fortuita, sem sentido."
Pag. 47


     Claire então decide que a vida do irmão deve voltar ao normal; então ela resolve que ele deve sair com mulheres, namorar de novo, paquerar... E mais confusão começa.

     Fora de forma no quesito paquera e encontros, sua vida vai passar de tediosa para completamente atrapalhada. 



"E assim brindamos a Sabrina Barclay e comemos
o bolo de carne de Laney Potter, enquanto penso
em Brooke Hayes o tempo todo, o que leva a 
concluir que essa salada de mulheres significa
que, das duas, uma: ou não estou nem de longe
pronto para voltar ao mundo, ou nunca
estive tão pronto."
Pag. 160


     Já deu pra perceber que eu amei o livro né?

     O autor sabe muito bem como envolver o leitor logo na primeira página, é impossível parar de ler até virar a última página, mas quando o fazemos bate uma coisa no peito, tipo uma saudade dos personagens logo quando o livro acaba. Acho que isso seja pela montanha russa de emoções que ele transmite.

     É narrado em primeira pessoa no presente, mas por vezes ele volta ao passado pra lembrar momentos antes e durante o casamento, para que o leitor possa entender o tamanho e o motivo do seu amor pela esposa. É lindo e perfeito!!

     É impossível não torcer pelo protagonista, se emocionar e rir muito. Os diálogos são extremamente inteligentes, uma comédia deliciosa de ler.

     
"Agora, porém, ela estava chorando na minha
mesa, e nada como uma mulher aos prantos
para despertar o Cavaleiro Branco que existe
dentro de todo homem."
Pag. 51


     A diagramação é simples como quase todos os livros da editora. O meu por ser de 2010 ainda é da Sextante. Portanto não sei se a Arqueiro mudou alguma coisa. Sei que a capa é a mesma, e confesso que amo essa capa branca com letras coloridas. Acho que tem tudo a ver com o gênero.

     Quanto ao gênero que foi o tema do evento, em breve falarei dele aqui no blog, assim tudo será mais completo, e para quem não tem afinidade com o Lad-lit, com certeza se sentira um expert no assunto, rs.

     Recomendo muito para todos!!!


" - Sinto falta da minha mulher - desabafo com
tamanha violência que nossas cabeças dão um
encontrão. Sinto tanta falta dela que é como se
houvesse um bloco de carvão no meu peito, 
esmagando meus pulmões e me impedindo
de respirar."
Pag. 171


"Dessa vez, porém, ouvi sua voz calma, confiante, 
seu tom distraído ao gravar apressadamente a
mensagem, o ruído discreto da sua família
ao fundo. Ela não podia ter morrido. Estava
bem ali no telefone, ela mesma."
Pag. 38


11 comentários

  1. Ah..eu sou maluca pra ler este livro!!! Não conheço o trabalho do autor, mas li coisa demais que me deixou com vontade em ler.
    Amo histórias que mesclam sentimentos assim, alegrias e tristezas..realidade e sonhos.
    Sucesso depois da morte de alguém que se ama? Queria não.rs e não deve ter sido fácil para o personagem encarar essa situação.
    Vou ler com certeza!!!!!
    Beijo

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  2. Não conhecia o trabalho do autor e nem a obra, me interessei bastante pela história e pelo que ela traz. Gosto de leituras que te fazem passar por diversas emoções ao longo dela. Não gostaria de ter sucesso depois da morte de alguém que amo, não parece que aproveitaria como deveria. Mas quero conferir e saber todos os detalhes do livro!
    Beijos

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  3. Estou doida pra ler esse livro e essa sua resenha me deixou ainda mais ansiosa em conferi essa história que parece mesmo ser ótima, ganhei ele e assim que chegar pretendo ler imediatamente.

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  4. Sempre o vejo por 2,50 no submarino, mas nunca tenho coragem de comprar. Mais depois desta resenha vou até pensar em compra-lo na minha próxima compra no site.

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  5. eu comprei esse livro por causa do preço na BF rsrsrs espero curtir tanto quanto você!

    Quando der, de uma passada no blog, adorarei sua visitinha!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  6. Eu comprei esse livro baratinho em um saldão, a propósito ele estava custando menos de R$ 2,00 essa semana na Americanas e eu acho muito injusto quando o livro que está a preço de banana é um livro que eu já tenho. Mas voltando ao que interessa, eu li sem a menor pretensão e achei dolorido mas cheio do mais fino humor. Eu também fui surpreendida positivamente, simplesmente adoro quando isso acontece. Em relação ao gênero La-lit, o único outro que li não me agradou, foi Charlotte Street que eu achei chato apesar da premissa interessante.

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  7. Com certeza esse livro já entrou para a lista dos meus queridinhos, ele me surpreendeu muito, é triste e engraçado ao mesmo tempo, pode te tirar lagrimas e sorriso, além da narrativa ser fantástica, acho que nunca torci tanto para um livro virar filme, srsrsrsr


    *____*

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  8. Ownnn que resenha fofaaaaaaa.
    bateu a vontade...
    fiquei curiosa com a dualidade de ser um livro triste e engraçado ao mesmo tempo, pois acho um recurso maravilhoso quando o autor sabe escrever...
    beijosss

    http://cantodadomino.blogspot.com.br/

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  9. Com o título "Como Falar com um Viúvo" todo em letras coloridas, eu imagina que a estória fosse, no mínimo, um tanto engraçada. Mas aí você vem e me diz que é humor misturado com drama, e para mim essa é uma mistura genial, então obviamente o livro já me ganhou depois disso. Achei legal também do livro mostrar todo o amor que o personagem sentia pela esposa, afinal, é isso que ta em falta hoje em dia, não é mesmo?! Adorei a resenha, lelê :)

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  10. Lele eu AMEI esse livro. Não dava nada por ele quando ganhei, sério. Eu achava que ia ser chato sabe? E me surpreendi pra caramba com o tanto que eu gostei! É totalmente melancólico e engraçado, o autor foi fera demais! E nossa, como eu torci pelo Doug e pela família dele, que aliás adorei essa família, eles são loucos rs E quando eu cheguei no final eu queria mais e mais, não queria que acabasse naquilo :/
    Enfim, é um ótimo livro e entendo porque você gostou tanto dele.

    beijão

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  11. Olá Lele,
    Nossa, não conhecia esse livro e meio que me deixou curiosa a história depois da sua resenha..São poucos livros que abordam a perda da pessoa amada pelo ponto de vista masculino ainda quando se trata de um homem jovem e já de luto...achei ousado o escritor criar esse tipo de história e acho que a vale a pena ler.

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