Rosa e
Margarida
Rosa e Margarida eram muito amigas, todos os dias ficavam de
papo pro ar, desde que o sol nascia até ele se pôr.
Rosa gostava das cores escuras, mas era só olhar pra ela
para sentir o amor. Já Margarida era toda colorida, tão linda quanto o dia
ensolarado. Quando se olhava para ela, já dava pra imaginar a alegria que viria
com sua presença.
- Bom dia, Margarida!
- Bom dia, Rosa!
- Dia lindo hoje, não é mesmo? Sol brilhando logo cedo. Você
está bem, amiga?
- Chateada. Ontem veio a mocinha da casa da frente e levou
meu vizinho embora. Chato isso.
- É, mas a gente já esperava por isso, né?
- Verdade. Mas olha, perfumada do jeito que você anda esses
dias, não demora muito pra você se mandar também.
- Obrigada por me achar cheirosa, mas nem penso em sair
daqui tão cedo.
- O clima aqui é bom mesmo. Isso não dá pra negar. É uma
delícia morar aqui.
E o papo rolava e rolava por horas a fio.
- A noite está chegando. Agora, esse ventinho gelado não tá fácil, hein?!
- Nem fala, mas já já passa.
- Olha só o céu cheio de
estrelas!
- Verdade. Está mesmo. Bom, vou dormir. Boa noite!
- Boa noite. Até amanhã!
A noite passou sem problemas.
De manhã os pássaros começavam a cantar logo cedo. As
pessoas saíam quando o sol nascia para trabalhar. Todos os dias eram iguais,
mas Rosa e Margarida sentiam-se bem naquela mesmice gostosa.
- Oi, Rosa! Bom dia, amiga!
- Bom dia, Margarida! Nossa, tive um sonho horroroso. Credo.
- Agora já passou, Rosa, outro dia começou. Esquece esse
sonho ruim.
- Acho difícil. Sonhei com aquela louca ali, e lá vem ela de
novo.
- Ai Rosa, Será que ela vai vir aqui? Estou com mau
pressentimento.
- Fica calma, Margarida. Vai dar tudo certo.
A louca então foi chegando devagar, olhando tudo à sua
volta; um olhar curioso e amedrontador. Ela era nova, tão nova quanto a outra
moça que levou o vizinho da Margarida. Elas tinham muito em comum.
Seus cabelos claros voavam com o vento, seu andar era quase
uma dança solitária na terra molhada da manhã. Pegava em tudo que via, queria
sentir nos dedos tudo que podia; ela era mesmo insuportável.
- Deixa eu ver aqui... – disse a moça louca. – Ah! Aqui está
você! Bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me...
- MARGARIDAAAAAAA! Lá se foi minha amiga.
E Rosa murchou.
Meus livros
E chegou o triste fim de Margarida e Rosa!rs
ResponderExcluirNão poderia ter sido diferente vindo de você.
Adorei..rs
É a vida, mesmo que de uma forma diferente, é a vida.
Beijo
Aaaain tadinha da margarida!!!
ResponderExcluirEu já amava flores, agora dpois desse conto lindo, não dxo ngm brincar de bem-me-quer mau-me-quer perto de mim!
Ameeei!
Bjs!
que pena, mas é vida das flores imitando a vida real
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Lê!
ResponderExcluirQue triste a margarida ter sido despetalada e a rosa ter murchado...
“É melhor saber coisas inúteis do que não saber nada.” (Sêneca)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de NOVEMBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Oi, Lelê!!
ResponderExcluirAdorei conto!! Fiquei com dó da Rosa e da Margarida!! Mas a vida é assim!!
Beijoss
Nossa, que fim mais triste. Mas vou confessar que dei uma boa risada com o grito no final. Adorei o conto, bem leve.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/