#Resenha: A Desconhecida

  

Título: A Desconhecida 

Autora: Mary Kubica

Páginas: 352

Editora: Planeta

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     O primeiro livro que li da autora foi "Garota Perfeita" e fiquei apaixonada pela forma como ela contou sua história. Seus personagens e narrativa me encantaram, mas infelizmente isso não aconteceu em "A Desconhecida".

     Enquanto no primeiro livro a leitura fluiu muito rápido, dessa vez levei 10 dias para finalizar a leitura. Só consigo ler a noite... então, algumas noites eu lia quatro e dormia com o livro aberto; outras noites tinha aquele pique e lia 100 fácil, Esse pique de adrenalina seguida por uma lentidão foi bem chata, principalmente nas primeiras cem páginas.

     Heidi é uma mulher casada que leva uma vida bem monótona com o marido. Trabalha numa ONG, tem uma filha chamada Zoe de doze anos que, assim como a maioria das adolescentes, prefere ficar trancada no quarto do que passar um tempo com os pais.

     Seu marido, Chris, também já estava distante quando Heidi tomou a decisão que deixaria toda essa pequena família arruinada.

     Willow, é uma menina que perdeu os pais quando ainda tinha oito anos. Ela e sua irmãzinha caçula, Lily foram parar numa instituição para serem adotadas.

     Lily era tudo que Willow tinha, mas por ser ainda bem pequena, logo foi adotada, levada e teve seu nome mudado. Depois de algum tempo, ela também foi levada, mas não foi para a casa de uma boa família.

     A mulher que deveria cuidar dela, era uma doente; e o homem, um pedófilo. Uma sequência de abusos seguidos passou a fazer parte do dia-a-dia da menina. Ela limpava a casa, fazia tudo o que a mulher que nem ao menos saía de dentro do quarto deveria fazer; e a noite, o homem vinha visitá-la, enquanto o menino ouvia a tudo calado.

     Claro que isso não teria um bom final.

     Um dia Heidi que sempre pegava o metrô, encontra uma garota com uma bebê no colo. Num dia frio e chuvoso, a bebê chora e a menina tenta acalmá-la. 

     Essa imagem passa a deixar Heidi um tanto obcecada. 

     Heidi começa a procurar as duas todas as vezes que passa pela estação do metrô. 

     Até o dia que ela resolve levar as duas para sua casa. 

     Chris não gosta nada da história, Zoe não aceita, mas Heidi faz de tudo pela bebê e ela passa a sentir ciúmes da bebê com Willow, e a coisa a partir daí começa a piorar muito para todos.

  

     A história é contada em capítulos separados por personagens, Heidi e Chris contam no presente, mas Willow está contando em algum que não é identificado no início, mas que percebemos que é um interrogatório onde ela está contando tudo o que passou na casa do casal que a levou do orfanato e depois dele. 

     Heidi também mostra pro leitor as motivações das suas atitudes enquanto se lembra de coisas do seu passado. 

     

     Na MINHA OPINIÃO, o livro foi arrastado, a leitura foi muito difícil, não difícil no quesito linguagem, mas no quesito agilidade mesmo. Detalhes de tudo, cada mínima coisinha... Nossa! Sofri. Mas no final até que compensou. Pra falar a verdade, depois da página 280 que eu corri mesmo. 

     Talvez por ter amado o outro livro, eu posso ter esperado mais deste, mas ficou devendo. A história é boa, os personagens são bons também, a trama é ótima, o que faltou mesmo foi colocar isso tudo no papel de modo que não fizesse o leitor dormir. 

     Recomendo. É um bom thriller. Não é excelente, mas é bom. Ok. Ganhou 3 estrelinhas. 

     

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

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