#Resenha: A Rainha de Tearling

Título: A  Rainha de Tearling

Autora: Erika Johansen

Páginas: 352

Editora: Suma de Letras

Resenhado por: Michelâyne 

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Há muito não lia um livro tão maravilhoso e que refletisse em mim tantas emoções, não li apenas uma história, entrei de cabeça numa viagem medieval, por todos os muros e montanhas que circundava Tearling, tive forte empatia pela trama, senti na pele as tensões das pessoas, tomei a luta como minha. Vibrei e bradei por Kelsea.

A Rainha de Tearling segue uma linha linear, falo em relação a se sentir vidrada na história do início ao fim, não é mesmo o tipo de história que vai te cativando aos poucos, a cada capítulo a cada página me senti mais presa, que não conseguia largar, até acabar. Ao mesmo tempo, bateu aquele sentimento de tristeza quando conclui a leitura. Queria saber mais sobre Tearling, sobre a rainha, sobre sua compaixão, sobre sua justiça.

O livro te remete a uma viagem fantástica, me fez lembrar remotamente de Game of Thrones, não sei por ser uma dos gêneros que mais amo, mas esse livro entrou na lista dos meus favoritos. Trata-se de uma trilogia, e conforme vi, em breve terá uma adaptação ao cinema com Emma Watson como a princesa Kelsea Raleigh Glynn, (personagem principal), como será que vai ficar o resultado? Estou curiosa para conferir!

A trama escrita por Erika Johansen gira em torno de Kelsea, criada por pais adotivos numa cabana isolada na floresta, e sendo privada de sair, enfrenta a necessidade de manter protegida sua identidade. Tudo isso, porque muitos desejam a cabeça de Kelsea, ela é herdeira do trono de Tearling e sua coroação não era vista por bons olhos entre os outros soberanos. Kelsea foi preparada para ser rainha, mas, sobre tudo, para ser caçada.

Dezenove anos depois, os membros da guarda da rainha vão à busca de Kelsea para ocupar seu lugar no trono e governar Tearling, mas o que ela se depara a chegar lá é que a fortaleza está submergida por corruptos, pela ganância e opressão aos pobres, Kelsea tem um coração bondoso e valente, e vem provar a todos seu valor. Foi impossível não se deixar levar pela trama, pelas teias políticas formadas ao decorrer da leitura, e por essa protagonista tão cativante. 

Superando as expectativas, e lutando em favor dos menos favorecidos, ela se torna a heroína. Com isso, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma perversa e poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho Mortmesne, muitos a teme, pois ela exercer certo poder sobre os outros reinos. Vale ressaltar que a Rainha não é o único encalço que nossa protagonista enfrenta, aqui temos um acoplado de situações que põe em jogo, lealdade, circunstâncias e liderança.

É irônico que assim como Tearling outros reinos próximos, tenham sidos fundados após um término de uma antiga civilização, que havia se corrompido. Vi que em algumas partes eles perdem conhecimentos sobre certas coisas, repetindo velhos erros quando a história de um povo se perde e a educação não é mais a prioridade de um sistema.

És uma história que merece ser lida. Tem um final abrasador e muito lindo, é um ótimo livro e que tem tudo para uma continuação ainda mais maravilhosa, não vejo à hora de ler! Trata-se de uma distopia com uma dose “adulta”, então esteja pronto para as violências e relatos de situações bem bárbaras. Do mais só recomendo fortemente, a grande cartada é exatamente esse estica e puxa em nossos sentimentos deixando um gostinho de quero mais, espero que sejam cativados a sim como eu.

“Aqui fica o Tearling, aqui fica o Mortmesne,

Um é preto e o outro é vermelho

Um é luz e o outro é sombra

Um é vida, e o outro, a morte (...)”

5/5

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