AMOR EM TODAS AS FORMAS
Os relacionamentos de Jonas nunca duraram muito tempo. Jonas
era esquisito. Ele sempre passava do ponto. Demonstrava o amor como um desenho
de um filho que é colocado na geladeira para todas as pessoas verem. O problema
é que, assim como no caso do desenho tosco feito por um filho, as pessoas
também não gostam de ver tanto amor assim.
Quando saía com Cristina, ele sentia muitas e incontroláveis
saudades, por isso durante um mês, ligou todos os dias, de madrugada, para
ouvir a voz dela, pois não podia aguentar uma noite toda. Depois de um mês,
Cristina resolveu que Jonas não valia suas olheiras e terminou com o garoto.
Quando saía com Juliana, ele gostava de fazer surpresas. A
primeira vez que apareceu sem avisar na casa da moça, ela achou fofo. Porém,
ele não parou por aí: começou a aparecer em todos os lugares, no trabalho, no
meio de uma consulta médica, no meio de uma viagem com as amigas, no meio de
uma sessão de cinema, enquanto ela pintava o cabelo no salão, no meio de uma
prova da faculdade. Na verdade, mesmo depois do término ele continuou
aparecendo e só parou quando a polícia interveio (ele ainda tinha planos de
aparecer no meio do parto dela depois que ficou sabendo que ela estava grávida
do atual namorado).
Quando saía com Nancy, decidiu que iria guardar lembranças de
tudo que vivessem. Novamente, a menina achou uma fofura que ele guardasse os
ingressos do primeiro cinema juntos, ticket de estacionamento, restaurante.
Eles terminaram depois de Nancy encontrar um quarto na casa do moço com uma
placa escrito “Nancy” na porta e que dentro continha não só as primeiras coisas
que eles passaram juntos, mas todas, o 47º cinema juntinhos, as 72 garrafas de
vinho que beberam, todos absorventes que ela usou durante o romance….
Então ele começou a namorar Lívia. Lívia era perfeita para
Jonas, ela ria de tudo que ele fazia, não precisava esconder nada dela, podia
ser exatamente quem ele era. Ela inclusive ria desesperada enquanto ele cortava
o peito dela e arrancava o coração. Ele queria ficar para sempre junto do
coração dela.
Putz! Mas o que é isso minha gente?! Que cara mais obsessivo, maluco demais...
ResponderExcluirE guardar até os absorventes de uma namorada? kkkkkkk meu Deus, disso eu ri xD
Mas esse final...quando achei que o cara ia parar? Nossa....não. Muito doido.
Bom conto. Mas espero nunca conhecer ninguém assim...
O amor é cego..e surdo/mudo também!
ResponderExcluirConfesso que não esperava um desfecho assim e tudo que estava até meio leve, pronto. Fim.rs
Acho que aí já não era mais amor, só dor!
Beijo
Paulo, eu sou fã dos finais que você coloca nos contos. Sempre sei que você vai conseguir me surpreender.
ResponderExcluirO amor e as suas facetas, com suas esquisitices também.
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Eita Paulo!
ResponderExcluirQue brutal!...
Já desconfiava desde o início que ele era psicopata, mas não imaginava que o final seria de tamanha crueldade...
“O saber é saber que nada se sabe. Este é a definição do verdadeiro conhecimento.” (Confúcio)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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pelo conto é possivel ver o relacionamento abusivo, as perseguições, a falta de privacidade, tudo pautado na segurança inválida do "é por amor"
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Paulo,amor altamente pegajoso, maníaco obsessivo tem esse personagem.Difícil de parar suas ações,como aconteceu em várias ,senão todas as situações,com por exemplo com a Juliana que teve que chamar a polícia,quem não teve muita sorte foi a Lívia,que se foi , sorrindo,rindo,mas se foi.Nossa!
ResponderExcluirOi, Paulo!!
ResponderExcluirAdorei o conto já imaginava que teria um fim trágico!! Pois o que Jonas senti não era amor e sim obsessão!!
Beijoss
No começo do conto eu só consegui lembrar daquela música lá: "... mas eu prefiro estar aqui, te perturbando, domingo de manhã". haha
ResponderExcluirDepois senti mesmo que que teríamos uma vítima. Pobre Lívia.
Paulo adorei, vc e seus finais surpreendentes né... Que amor mais doentio...
ResponderExcluirbjs