Título: As Sete Luas - A Saga de uma Tribo
Autor: Salustiano Souza
Páginas: 190
Editora: Giostri
Skoob
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Este é o segundo livro que tenho o prazer de ler do Salustiano. O que eu posso garantir é que ele tem aqui uma fã.
Salustiano tem um amaneira tão rica de contar uma história! Ler seus livros, além de ser um prazer, é um aprendizado. Fora o jeito que ele narra. Parece que estou assistindo um filme e tem uma câmera mostrando núcleos diferentes. Realmente muito bom!
"Ele ainda não conseguia entender como um punhado de selvagens poderia sensibilizar o judiciário daquela forma, podendo até paralisar a construção de uma usina de vinte bilhões de dólares."
Pag. 32
É narrado em terceira pessoa passando por vários personagens intercalados em capítulos. Todos esses vários personagens irão se cruzando, o que faz com que a narrativa se torne quase viciante, pois ela passa dos vilões para os mocinhos com a distância de uma página.
O leitor consegue saber o que acontece na mente do mocinho, mas também entende o que se passa na mente do vilão. Incrível!!
"Agora os índios estavam bem próximos, dava para ver seus gestos a cada vez que se agachavam e levantavam..."
Pag. 12
Bem, a Aldeia dos Índios Kambebas está ameaçada pela construção da Usina de Belmonte no Pará.
Os Índios Kambebas estão nessas terras há anos, lá eles caçam, plantam, e toda sua cultura foi criada ali. O único motivo para a saída deles é a ganância de quem não tem a menos ideia do significado que esta terra tem para estes índios.
"Enlaçado pela cintura, era conduzida pelos braços fortes de Jorge. Uma mistura de aromas perspassavam pela brisa, a noite caíra. Como era bom amar."
Pag. 22
Jorge e Sofia vivem uma história de amor que eu estava até shippando. Até que a moça sofre uma tremenda decepção.
Depois disso, Sofia foi viver na Aldeia dos Kambebas por um tempo. Ela queria viver uma aventura diferente, ter um trabalho que a fizesse esquecer de Jorge de uma vez por todas.
Jorge é um dos que querem tirar os Kambebas das suas terras.
Já acabou, Jéssica?
Não!!!
Também iremos conhecer o Capitão Marcos. Ele é chamado para convencer os índios de maneira "amigável" a sair das terras.
O Pajé - que não é pajé à toa! - propõe então um acordo com o Capitão Marcos. Ele deve passar sete luas (uma semana inteira) com os Kambebas. Só depois desse tempo ele decidirá se os índios devem ou não sair. Ou seja, está tudo nas mãos do Capitão Marcos. A construção da Usina e o futuro da tribo dos Kambebas.
Durante essas sete luas, Marcos vive como um Índio.
" - Agora - continuou o cacique -, agora começaram a fazer uma grande muralha para cercar nosso rio. Querem encher o rio e fazer um grande lago. Nossas terras serão possuídas de águas, nossas ocas ficarão embaixo dessa água. A terra de nossos avós sumirá para sempre. Já não teremos mais terra."
Pag. 26
Uma grande lição de vida. Uma história carregada de aprendizado e uma linda lição do que é o amor.
O verdadeiro significado do amor.
Adorei a leitura! Confesso que por mais que eu soubesse sobre essas apropriações de terras no Norte, nunca tinha parado para pensar no valor real que a terra tem para os Índios. Pra mim era só um lugar onde eles moram, comem e bebem, mas não é só isso. É tão maior!! Tão mais bonito!!
Livro muito enriquecedor!!
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Eu sempre acho tão injusto nós, brancos, tentando tirar a todo custo a terra que sempre pertenceu aos índios. É uma briga injusta. Afinal, eles estavam aqui muito antes de nós, e agora...parece que sempre fomos nós que estivemos aqui.
ResponderExcluirEngraçado falar isso em plena época que vivemos..mas é uma luta que nunca acabará. E muitos índios ainda lutam por seus pequenos pedaços de terra :/
Como não conhecia o livro, fiquei muito curiosa e quero demais ler!!
Beijo
Olá, Lelê.
ResponderExcluirVocê não precisa dizer mais nada; já me convenceu!
Em primeiro lugar, adoro quando os autores conseguem nos fazer entrar na mente tanto dos protagonistas quanto dos vilões. Por fim, o livro se passa no Brasil! Simplesmente adoro!!!! Além disso, por ser no Pará e abordar a questão da usina, me interessa demais.
Ótima dica.
Desbrava(dores) de livros - Participe do top comentarista de fevereiro. Serão dois vencedores!
Nunca li nenhum livro do Salustiano,mas amei saber que parece ao lermos que estamos assistindo a um filme com câmeras mostrando núcleos diferentes.Amei saber que tem vários personagens e é narrado em terceira pessoa.Saber ao mesmo tempo o que passa na cabeça do mocinho e do vilão é demais.Amo livros com índios.Ansiosa para conferir.Mil beijinhos!!!
ResponderExcluiroi Lelê, você sempre comentando maravilhas do autor! ainda não li nada dele, mas sei que preciso!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi, Lê.
ResponderExcluirAinda não conheço o trabalho do autor, mas obviamente sua resenha me deixou curiosa! Quem sabe um dia consigo dar uma chance...
beijos
Camis - Leitora Compulsiva
Lê!
ResponderExcluirDeveríamos ter mais livros que falem sobre a cultura indígena, afinal, eles eram os donos das terras brasilis e são nossos ancestrais.
Achei mais que interessante e gostaria demais de ler.
“Saber é compreendermos as coisas que mais nos convêm.” (Friedrich Nietzsche)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Top Comentarista fevereiro, 4 livros e 3 ganhadores, participe!
Olá,
ResponderExcluirA cultura indígena, sempre me chamou bastante atenção. Com isso, essa obra seria para mim uma leitura interessante. E só serve para confirmar, minha opinião sobre o assunto.
Beijão!
www.isaaczedecc.blogspot.com
Olá,
ResponderExcluirA cultura indígena, sempre me chamou bastante atenção. Com isso, essa obra seria para mim uma leitura interessante. E só serve para confirmar, minha opinião sobre o assunto.
Beijão!
www.isaaczedecc.blogspot.com
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirMuito interessante o livro tratar de um tema importante e que deve receber mais atenção no nosso país, além da cultura indígena. A premissa me deixou bastante instigado. Abraços, amei a resenha :)
ResponderExcluirEstava discutindo sobre esse assunto hoje, nós so vemos o Brasil pela percepção dos colonizadores, não pelos dos índios que já habitavam aqui. Fiquei curiosa em poder ler esse livro, para ser muito bom!
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