Resenha: O Escafandro e a Borboleta

 

Título: O Escafandro e a Borboleta

Autor: Jean-Dominique Bauby

Páginas: 127

Editora: Martins Fontes




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     Um dia perguntei para outros leitores que livro que eu poderia ler que me faria chorar rios de lágrimas. Muitos me recomendaram "O Escafandro e a Borboleta".

     Depois que o livro chegou, eu descobri que o mesmo era um best-seller internacional e que já havia uma adaptação cinematográfica que recebeu quatro indicações para o Oscar e venceu inúmeras premiações como o Globo de Ouro, BAFTA e Festival de Cannes.

     Ainda não assisti o filme, mas já me adiantaram que é muito lindo e emocionante.

     Bem, quando eu cheguei na metade do livro, comecei a achar que eu tinha um imenso coração peludo, pois ainda não havia derramado uma única lágrima.

     Continuei a leitura até o final. E até agora não encontrei motivos para chorar, muito pelo contrário, estou me sentindo leve, feliz... Viva.


"Escapamos, mas "brindados" por aquilo que a medicina anglo-saxônica batizou com justiça de locked-in syndrome: paralisado dos pés à cabeça, o paciente fica trancado no interior de si mesmo com o espírito intacto, tendo os batimentos de sua pálpebra esquerda como único meio de comunicação."
Pag. 10


     Jean-Dominique Bauby sofreu um acidente vascular cerebral que o levou ao coma profundo.

     Quando ele acordou se viu preso dentro do seu próprio corpo. Sem poder comer, andar, falar e nem mesmo respirar por conta própria. A única maneira de se comunicar é com o olho esquerdo.

     Piscando uma vez para "sim" e duas para "não", ele conseguiu ditar frases inteiras, e assim nasceu "O Escafandro e a Borboleta".


"Fui então invadido por estranha euforia. Não só estava exilado, paralisado, mudo meio surdo, privado de todos os prazeres e reduzido a uma existência de medusa, como também estava horroroso de ver. Fui tomado pelo acesso de riso nervoso que o acúmulo de catástrofes sempre acaba por provocar quando decidimos tratar o último golpe do destino como piada."
Pag. 31


     É um livro de crônicas que o autor conta alguns flashes sobre seu passado e muito sobre sua vida no presente.

     A sua relação com sua síndrome, o que ele vê e sente em relação a tudo em sua volta, enfermeiras, seu tratamento, o lugar onde está sua família, tudo mesmo. Escrito de maneira simples e rápida, o autor consegue transmitir em poucas páginas incontáveis sentimentos. Mas o que eu mais assimilei foi o amor e o bom humor.

     Não me senti triste em momento algum enquanto lia.

     Claro que quando terminei a leitura fiquei imaginando a dificuldade que ele teve para ditar todas as palavras usando somente o olho esquerdo, mas acredito que não era nisso que ele queria que o leitor pensasse.

     Então só quero manter na memória o sentimento que ele me passou.

     O que eu posso te garantir é que depois deste livro você nunca mais vai enxergar dificuldade em nada na sua vida.

     Este livro é transformador. Ele não é autoajuda, nem tem nada disso, mas é impossível não querer mudar o jeito de ser e de levar a vida depois de fechar o livro. Qualquer coisa que você ache complicado ou impossível, passa a ser simples.

     Fora que dá uma vontade incrível de viver!!

     Por isso eu digo que não chorei, mas não me arrependi de ter lido. Eu amei muito mais do que esperava.

     Recomendadíssimo.














12 comentários

  1. Nossa..e vou te dizer, a adaptação no cinema é fantástica!!
    Vi esse filme já tem um tempinho e o tenho guardado aqui comigo. É aquele tipo de filme, que você tem que rever quando começa a reclamar de alguma coisa!
    Não li o livro, mas sei que também não deva chorar. Porque é isso, na realidade é isso de vencer. Não o sofrimento em foco, mas o vencer, o superar e o viver!!! Mesmo que de uma maneira vista como não normal, mas é a vida que ganha o centro das atenções!
    Lerei com certeza =)
    Beijo

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  2. Lelê, já assisti ao filme e é lindo mesmo, mas, olha que ignorante que eu sou!, não sabia que era baseado em livro, agora deu muita vontade de ler. Um outro livro que fala mais ou menos sobre o tema é o "1 Litro de Lágrimas", que ainda não li mas sei que fala sobre a evolução de uma doença degenerativa na vida de uma adolescente.

    Dois abraços ;)

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  3. Lêle esse livro nos traz uma grande lição,que quando queremos realmente não existe nada que nos impeça de prosseguir adiante,os impedimentos só cria quem quer,amei a resenha ,entrou para a minha lista e quero muito ver o filme também.Mil beijinhos!!!!

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  4. Não sabia que tinha filme deste livro, mas vou procurar para assisti-lo, muitas pessoas dizem o mesmo que está na resenha que é emocionante

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  5. o enredo é muito bom, parece ser agradável e que com certeza tem tudo para ser uma ótima leitura! além do que a capa é linda
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  6. Olá, Lelê.
    Não conhecia o livro e menos ainda sabia do filme. Contudo, parece ser realmente muito emocionante. Provavelmente não chorarei assim como você também não chorou, mas acredito que me sentirei tocado. Até porque estar preso dentro do próprio corpo e só conseguir se comunicar com o piscar dos olhos deve ser angustiante.

    Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de outubro. Serão seis livros para três vencedores.

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  7. Nunca tinha ouvido falar desse livro ou do filme e fiquei encantada com a resenha. Gosto muitos de livros assim, que trazem essa mensagem boa e construtiva pra vida do leitor sem ser apelativa, como acho que a maioria dos livros de auto ajuda são. Realmente aprecio mais as lições de vida que encontro nos romances. Fiquei com bastante vontade de ler "O escafandro e a borboleta", com certeza vai pra minha lista de próximas leituras!

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  8. Ainda não conhecia esse livro, porém a sua resenha me chamou muito a atenção e com certeza esse livro já está na minha lista de desejos literários.
    Beijos

    http://beingasunshine.blogspot.com

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  9. Nossa Lê, tive um dia tãooooooooo complicado ontem, passei muito nervoso que achei que demaiar de tanta raiva, agora venho aqui, leio esta resenha e me deparo com uma circunstacia totalmente fora do norma/cotidiano, e assim me peguei me dando bronca o tão tosca fui, me estressei/consumi minhas energias a toa, para vir um rapa que nem conheço e me dar um tapa na cara de realidade. Olha, essa acho que vou demorar para esquecer.
    Até então não havia ouvido e nem lido nada sobre o livro e filme, e fiquei mega curiosa, com certeza adicionado em minhas listas.

    Bjsss Lê.

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  10. LÊ!
    Imagino o tanto que é estimulante, porque só de ler sua resenha já fiquei daqui pensando o quanto reclamo de minhas dores e pela falta de mobilidade total, mesmo assim ainda ando, falo, como, penso, etc... E escrever um livro apenas com um olho? E passar essa experiência fabulosa adiante?
    Deve ser um ótimo livro.
    “O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.”(Fernando Pessoa)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista, serão 3 ganhadores!

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  11. Olá!!
    O livro me chamou muito a atenção logo de cara por causa da capa linda. Depois que sua resenha fique emocionada com a história e louca pra ler. Sou uma manteiga derretida, então, bem provável que eu chore litros...rsrsr. Pretendo ler o livro antes de ver o filme.
    Bjos e sucesso!!

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  12. Eu não conhecia este livro, também não tinha conhecimento em relação ao filme. Pelo que entendi, O Escafandro e a Borboleta é uma biografia contada por meio de crônicas. Não me interesso pelo tipo de leitura, mas esse livro houve um toque especial, à mais. Só pela leitura da resenha percebi a transmissão de emoções que o autor deseja passar e suas enormes dificuldades sobre a vida. Gostei!

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