#Resenha: A Mulher na Janela

  

Título: A Mulher na Janela

Autor: A . J. Finn

Páginas: 351

Editora: Arqueiro

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     Nesta história bem escrita vamos conhecer Anna Fox, uma mulher que sofre de um transtorno que eu não havia visto em outros livros, ou seja, não é nada divulgado ou conhecido. Anna sofre de agorafobia, que é um transtorno que causa pânico quando o indivíduo está em lugar aberto. Sabe a claustrofobia, então, agorafogia é o contrário. 

     Por isso Anna Fox nunca sai de casa. Sempre que tenta ela tem crises muito fortes, desmaios, precisa ser internada... não é nada fácil. Por isso ela tem todo um esquema que funciona muito bem. Tudo que precisa é entregue na sua porta. Alimentos, remédios, tudo. Seu psiquiatra vai até sua casa e sua fisioterapeuta também. 

"É nele que penso enquanto olho para o teto, me sentindo morta também. Uma morta-viva que vê a vida acontecer ao seu redor, incapaz de participar dela."Pág. 53

    Para preencher seus dias de isolamento, Anna participa de uma rede social para agorafóbicos, assiste muitos filmes antigos, de preferência os policiais do estilo noir, mas seu maior passatempo é  ficar observando a vida dos seus vizinhos pela janela. 

     Agora imagine você uma mulher que nunca sai de casa encontrar um psicopata. É, pois é. 

     Uma vítima perfeita. Uma presa que está presa por conta própria. 

     Ainda mais porque Anna é uma mulher que toma muitos remédios controlados e mistura isso tudo com muito vinho, mas muito vinho mesmo!!

     Um belo dia ela "vê" um assassinato pela sua janela. Só que nesse dia ela estava bem alterada por conta das bebidas e dos remédios. E aí? Quem vai acreditar nela? E será que o que ela viu aconteceu mesmo?

     Tudo indica que não aconteceu nada, que ela está se metendo onde não deve por um monte de motivos, mas que não houve nada, mas ela jura que viu... e isso vai rolando de forma viciante que prende o leitor do começo ao fim.

   
     Um dos segredos do livro eu saquei logo no início, porém, isso não diminuiu em nada o prazer da leitura, pois o que eu havia descoberto nem era o grande mistério revelado no final. Então, tudo bem.

     E como o livro é narrado em primeira pessoa, e nossa narradora em questão não é muito confiável, fica difícil botar fé, mas mesmo assim descobri por conta dela mesma em alguns momentos de uma possível falsa lucidez. Só lendo pra entender o que estou falando.

     Dizem que se parece muito com A Garota no Trem e Objetos Cortantes, mas como não li nenhum desses dois, A Mulher na Janela é inédito pra mim e eu adorei o que li.

     As mais de trezentas páginas passam voando, os capítulos são curtos e realmente viciantes. Amei e super recomendo a leitura!!