Resenha: Fundação


Título: Fundação

Autor: Isaac Asimov

Páginas: 239

Editora: Aleph



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     O livro mais genial que eu já li, a obra prima do autor com toda a certeza!!

     Isaac Asimov é o autor dos clássicos "Eu, Robô", "O Homem Bicentenário" e tantas outras obras maravilhosamente impecáveis.

     Eu acho que o autor não era do nosso planeta. Acho que ele veio de outra galáxia, deixou seus inúmeros ensinamentos e foi embora deixando os humanos para aprenderem tudo que ele deixou aqui.

     "Fundação" é um livro tão completo e tão complexo que é muito difícil falar dele, ainda mais escrever sobre ele. Tentei gravar um vídeo, mas não consegui explicar com coerência tudo que eu quero, então vamos lá, devagar eu vou conseguir escrever...




" - Precisamos... pois o futuro não é nebuloso. Ele
foi calculado por Seldon e mapeado. Cada crise
sucessiva em nossa história é mapeada e cada uma
delas depende, em certa medida, da conclusão 
bem-sucedida das anteriores."
Pag. 103


     O livro é composto de cinco partes divididas em capítulos curtos, todos narrados em terceira pessoa por pontos de vista variados, muitas vezes apenas como um expectador mesmo, como se o leitor estivesse assistindo ao livro.

     Tudo se passa muitos, mas muitos anos a frente do que vivemos hoje, estou falando de milênios à frente. Os homens já exploraram o universo e muitos planetas de várias galáxias são habitados por humanos. Quem toma conta de todos esses planetas espalhados pelo universo é o Império. Cada planeta tem basicamente uma função, cada um tem um jeito de viver, mas o Império sabe de tudo que acontece em cada um deles.

     Em um desses planetas vive Hari Seldon, um psico-historiador. Seldon pra mim é o próprio Asimov, rsrs. Enfim, ele é um cientista que comanda uma equipe gigantesca formada por milhares de outros cientistas.

     De acordo com suas pesquisas que mistura história, psicologia e matemática, Seldon garante que em pouquíssimo tempo o Império irá ruir. Uma onda de tragédias irá trazer momentos nebulosos para todos. E esse tempo não será curto, estou falando de milênios mesmo!

     Porém, assim como Seldon previu os momentos obscuros, ele também tem um plano para que tudo seja amenizado para todos, e que esses anos passem sem muitos transtornos.

     A princípio eu entendi que esse plano tão mirabolante e salvador era a criação de uma Enciclopedia para ensinar a todas as próximas gerações o que fazer para os dias escuros que virão. Inclusive no início de cada parte do livro tem um trecho dessa Enciclopedia, e por isso eu supus que era isso, mas não.

     Na primeira parte somos apresentados também à Gaal Dornick, um outro cientista que está indo trabalhar na equipe de Hari Seldon no planeta Trantor. Só que logo que ele chega se vê envolvido numa tremenda trama.

     O Império está investigando essas pesquisas de Seldon, e assim que Gaal chega é preso e interrogado. Revelando o pouco que sabe, Seldon acaba indo preso junto com ele.

     O Império está convencido de que Seldon não passa de um agitador, um cara que tá afim de tocar o terror nas galáxias, rsrs, mas ele não desiste, tem certeza de tudo que está dizendo. O Império o quer longe dali, a população o apoia, uma tremenda confusão... A solução, que ele também previu, foi escrever essa Enciclopédia, e é então que o Império decide o que fará bem pra todos. Seldon pode escrever sua tal Enciclopédia, mas bem longe de Trantor. 

     Ele é mandado para o planeta TERMINUS (Sim, tivemos uma breve citação - ou homenagem - no seriado TWD). Lá em Terminus ele, seu novo companheiro e seus cientistas poderão escrever a Enciclopédia. Até aí eu achava que esse era o real plano... Me enganei.

     Na segunda parte do livro temos outros personagens distintos, e Seldon quase não aparece mais. Gaal então ficou de lado totalmente. 

     Estamos 50 anos após o final da primeira parte. Tomei um susto quando entendi o que estava acontecendo, mas logo que o susto passou eu me entreguei novamente a leitura, mas tive o cuidado de não me apegar mais a nenhum personagem. À partir daí eu entendi que eles não ficariam presentes por muito tempo.

     A cada crise que se inicia fica comprovado que elas foram previstas sim por Hari Seldon. E só ele sabe como passar por elas.

     "Crise Seldon" é como ficam conhecidas as tais crises. E isso passa a ser ensinado até nas escolas algumas centenas de anos depois. Seldon passa a ser estudado, rsrs. Isso acontece ou não nos momentos atuais?? 

     Bem, o que mais eu posso dizer sobre isso tudo?? 

     São muitos e muitos anos que vamos acompanhar neste livro, muitas gerações, muitas crises diferentes. Crises de todo tipo, até mesmo religiosas. Vários pontos citados são comuns para nós hoje, mas ele foi escrito para acontecer daqui há milênios. Ou não?

     A narrativa é tão peculiar que é difícil explicar. Ao mesmo tempo que a trama é extremamente futurista, a narrativa é extremamente nostálgica. Controverso, mas perfeito!

     E isso tudo é só o primeiro livro da trilogia?? Aliás, ele foi escrito para ser uma trilogia, mas anos depois o autor resolveu dar continuidade e lançou mais quatro livros e um último de crônicas. Não tenho certeza se a Aleph lançou o de crônicas, mas ele existe.

     Só por motivos de curiosidade: A Trilogia Fundação ganhou em 1966 o prêmio de melhor ficção científica e fantasia de todos os tempos. E seus concorrentes diretos eram Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien e também de John Carter de Marte do autor Edgar R. Burrougs.

     Ou seja, é bom demais da conta!!

     Eu sei que eu me estendi demais. Nem consegui colocar quotes. Vou colocar os quotes em outra postagem. Mas gente, eu juro que só contei o início do livro. É tão carregado de informações, tao denso, tão cheio de coisas que foi impossível ser concisa. 

     Ao contrário da maioria das pessoas que dizem ter lido essas pouco mais de duzentas páginas muito rápido, eu levei dias... Foram muitos dias mesmo.

     Não, ele não tem nada de ruim, muito menos de difícil, mas eu senti uma necessidade imensa de absorver cada palavra como se fosse a última. Eu sentia que precisava ir devagar e guardar tudo com calma no meu arquivo cerebral.

     O mais incrível é que quando eu decidia parar e ler outro livro intercalando, eu ficava me lembrando do momento em que havia parado, e pensar no que viria depois era inevitável.

     Decididamente vou repetir essa experiência no segundo livro da trilogia. Vou ler calmamente e absorvendo cada frase. A experiência de ler essa trilogia é única e com certeza ficará gravada em minha mente por anos!!

     Se você gosta de livros futuristas e de ficção científica, com certeza irá se deliciar com essa leitura.












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12 comentários

  1. Nunca consegui gostar de ficção científica..mas admito que esse primeiro livro me deu curiosidade..rs
    Será que meu "cerebrinho" consegue acompanhar?rs
    Leituras complexas demais acabam me fundindo inteira..mas quero muito ler e fazer essa viagem com volta, também!
    Parece tudo tão surreal..que acaba sendo bem palpável.
    Lerei se tiver oportunidade =)
    Beijo

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  2. quando uma história é bem escrita causa essa sensação boa, de completude! senti que vc se envolveu com a leitura e isso fica expresso nas suas palavras para descrevê-lo!
    parabéns e obrigada pela dica!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  3. Oi, Lelê.
    Que demais esse livro.
    Marcos ainda não o recebeu, mas já está louco para ler. Confesso que eu também estou desejando iniciar a leitura.
    Fiquei encantada com os detalhes, ainda mais por ter o planeta Terminus. Nem tinha me dado conta da citação feita em TWD, mas agora tudo fez sentido.

    Adorei.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de fevereiro. Você escolhe o livro que quer ganhar!

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  4. Olá Alessandra,

    Esse é mais um livro que fico conhecendo aqui no seu blog, pela sua resenha o livro é fantástico e sua empolgação me deixou com uma baita curiosidade, dica mais do que anotada....abraço.

    devoradordeletras.blogspot.com.br

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  5. Se você gosta de livros futuristas vais se deliciar com esse....

    nem vou falar que me deixasse com aquele gostinho de preciso ler... logo;;;
    simplesmente adorei a resenha e acho que essa fã de star wars vai se apaixonar
    bjoocas enormes e parabéns pelo post

    www.cantodadomino.blogpost.com.br

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  6. Há bastante tempo ouço falar da série Fundação, por intermédio de fãs de ficção cientifica e fiquei curioso quanto a leitura embora meu fascínio seja pela fantasia. E menina!! O que é toda essa empolgação, hein? Não tem como não ficar interessado assim!

    Ps. Acho que ainda tenha quem confunde ficção pura/fantasia e ficção cientifica, mas é bem simples: se não há conceitos científicos empregados na obra ela é apenas uma fantasia, mesmo tendo robôs e máquinas "do futuro". Star Wars por exemplo é uma fantasia espacial, pois não se baseia em ciência para construção de sua narrativa. ;)

    Saudações,
    Ace Barros
    Capitão do drakkar Interlúdio, navegando pelo Multiverso X
    multiversox.com.br

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  7. Lele!
    Nossa! Asimov é um visionário.
    Desde a adolescência lia seus livros e ficava fascinada pela ficção bem escrita. Na minha opinião, a verdadeira ficção, é essa que gosto. Sim, gosto dos livros de fantasia também, porém nada se compara ao futurismo de Isaac. Genial!
    cheirinhos
    Rudy

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  8. Que amor por esse livro Lelê, haha. Não conhecia esse livro ainda, mas me pareceu ser bem interessante, apesar de complexo, mas acredito que eu gostarei.
    Vou esperar baixar a minha lista de leitura e quem sabe comprar esse livro.
    Abraços e que a força esteja com você!
    http://www.paradageek.com/

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  9. Oi Lelê, tudo bem??

    Uauuu, que resenha!! Só pela resenha já tive que pensar e respirar pra entender tudo com calma mesmo, imagina no livro. Mas sem dúvidas que é uma obra prima, o modo como você o descreveu na resenha, já deixou explicito isso! Acho que é um livro que todos deveriam ler ao longo da vida, e com certeza absolutaaaa lerei!

    Fiquei muito intrigada e com muita vontade de devorar e finalmente conhecer esse clássico do Asimov, assim como outros dele que pretendo muito ler. O bom é que a Aleph está relançando, com ótimas edições, as coisas dele né?

    Amei sua resenha, deu pra entender 1% da grandiosidade que o livro é, e já curti muito!

    Beijo!

    http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/

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  10. Adorei a resenha, Lele!

    Você estava muito, como eu posso dizer, aturdida. No twitter, se lembra? Por causa dessa resenha e admito que fiquei um pouco também com sua resenha, e fiquei curioso para saber o que tem de tanto especial nesse livro que lhe deixa assim, sem saber o que dizer para descrever a leitura, bom, adorei e fiqjei muito curioso!

    Parabéns!

    lendoferozmente.blogspot.com.br

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  11. Todo o meu respeito por quem ama as obras do Asimov! Fundação é uma coisa linda, eu ando lendo ela no Kobo, mas bem devagarinho, são muitos livros e quero aproveitar bem todos eles. E é como você falou mesmo, é incrível a mente criativa do Asimov, como ele pensa em sociedades nos mínimos detalhes e nos convence da possibilidade delas.

    Dois abraços ;)

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  12. Oi Lelê :]

    Olha, vou ter que confessar que fiquei confusa com a resenha, rs! Não sou fã de ficação científica, e o livro, apesar dos comentários bons, não me chamou tanta atenção.
    Pelo visto você se envolveu bastante com a leitura, é sempre bom quando isso acontece. Infelizente esse eu deixo passar.
    Beijos.
    Passeando com os livros

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