#Resenha: A Garota Perfeita

  

Título: A Garota Perfeita

Autora: Mary Kubica

Páginas: 335

Editora: Planeta

Skoob

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     Hoje vamos falar de Mia, mas falaremos dela pelos olhos de outros personagens. Então, preste atenção.

"Essa foto me foi entregue já uma semana. Nunca fiz nada parecido. Furto, sim. Assédio, sim. Sequestro, não. Mas preciso de dinheiro."
Pag. 38

     A trama começa quando Eve, a mãe de Mia, recebe um telefonema de uma amiga de sua filha perguntando se Eve tem alguma notícia da filha, pois, ela não havia aparecido no trabalho, e Mia não costuma fazer esse tipo de coisa, ainda mais sem avisar. Deixar as crianças das quais ela dava aula sem supervisão, era algo impossível de acontecer. Ser professora de artes exige responsabilidades, e á princípio ela é bastante responsável.

     Gabe é o detetive responsável para investigar o possível sumiço de Mia. Assim que ele chega na mansão da família as perguntas começam.

     A mãe parece bem preocupada e tem certeza que algo aconteceu à sua filha. Já o Juiz Dennet, pai de Mia, tem convicção que tudo isso não passa de molecagem da filha pra chamar a atenção. Ele começa a descrever uma Mia completamente diferente do que a mãe lhe havia mostrado.

     Quando Gabe confronta outras pessoas, cada uma delas apresenta uma Mia diferente. Isso deixa Gabe bastante intrigado, mas logo ele descobrirá que ela foi levada por alguém.

"A garota dá um pulo. Passo para ela uma caixa de fósforos, que ela deixa cair no chão; a caixa se abre, e os palitos se espalham. Digo a ela para pegá-los. Sou ignorado."
Pag. 79

     Colin é o cara que está no bar observando Mia sozinha. Ele chega e puxa assunto, ela deixa e parte para a paquera. Acaba indo parar no apartamento dele e logo ela descobre que ele não está interessado em uma noite de amor, mas ele precisa dela.

     Assim é narrado o livro, intercalando as narrativas em primeira pessoa de Eve, Gabe e Colin, antes e depois do desaparecimento de Mia, e o leitor vai montando o quebra-cabeça desse livro incrível.

     São muitos sentimentos, o suspense que envolve Mia, a raiva que dá de conhecer as mentiras que envolvem a família, a agonia de Mia, os desconfianças de tudo e de todos durante a leitura. Mas tem uma coisa que mexeu muito comigo e que foi o motivo de "A Garota Perfeita" ter me tirado do prumo, é que em um certo momento eu estava amando o vilão, suspeitando de quem eu não devia suspeitar, odiando  quem não devia e torcendo pelo casal mais improvável.

"Percebo sua aflição em cada gesto e expressão, no modo como se comporta sem um pingo da autoconfiança que a Mia que eu conhecia tinha."
Pag. 19

     E no final tudo piora muito. Sério. O epílogo te dá uma rasteira.

     É o tipo de livro que você lê e precisa conversar com alguém depois. Precisa desabafar, por pra fora esse misto de sentimentos que o livro deixou.

     Recomendo mito a leitura para quem gosta de thriller psicológico e suspense.