#Resenha: The Kiss Of Deception

   

 Título: The Kiss Of Deception

Autora: Mary E. Pearson

Páginas: 409

Editora: DarkSide Books

Skoob

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     "The Kiss Of Deception" à princípio me ganhou pela capa. Quando vi o livro na prateleira da livraria foi irresistível, a capa é belíssima e a diagramação não poderia ser diferente.

     Confesso que eu estava esperando uma história mais medieval, com muita guerra e fantasia, bruxarias e poderes... não me pergunte por que eu imaginei isso, nem eu mesma sei.

     Sabia que encontraria romance, só não imaginava que fosse tanto.

"Agora, essa vida era um sonho criado por mim mesmo, no qual o único limite era minha imaginação. Era uma vida comandada por mim, apenas por mim."
Pag. 28

     Não que o romance seja ruim, mas eu realmente não queria que fosse o foco. Vocês entenderão melhor no final da resenha.

     Lia é uma princesa que deveria seguir os costumes e as regras e se casar com o marido que lhe foi prometido. Mas Lia não era uma princesa que aceitaria isso assim tão facilmente, e por isso ela foge sem lenço e sem documento por aí, junto dela está Pauline, uma criada que é tão amiga que segue Lia em tudo.

     As duas vão parar em uma taverna e acabam indo trabalhar lá, servindo mesas, limpando e tudo mais.

     Logo depois temos a narrativa em primeira pessoa pelo assassino, um homem que fora contratado para matar Lia, e ele está muito próximo dela.

     E também vamos acompanhar a narrativa do príncipe, que deveria ser o marido da Lia, e inconformado com o fora que tomou, decide encontrá-la.

     Essa sacada da narrativa realmente me conquistou. Muito instigante. Ainda mais quando são acrescentados capítulos de Rafe e Kaden, ambos intercalados com Lia, e não tem como saber qual dos dois é o assassino ou quem é o príncipe.

"Aquele era o dia em que mil sonhos morreriam e um único sonho nasceria."
Pag. 13

     Há muitos mistérios, e já adianto que a maioria deles não são revelados neste livro, o que é bom para garantir a curiosidade para ler o próximo.

     Claro que meio que meio que rolou um triângulo amoroso, mas como Lia é bem resolvida, ela logo mostra seu interesse em um, e isso ajudou a não ser só mais um romance.

"Não conseguia se tornar uma sombra que atacava com precisão rápida. Mas elas dormiam na mesma cama, e suas mãos se tocavam. Nem mesmo eu conseguiria ser tão silencioso. A morte fazia seus próprios barulhos."
Pag. 157

     Enfim, o que eu mais gostei foi essa narrativa Lia - Assassino - Príncipe - Kaden - Rafe. Realmente genial!!

     O desenvolvimento dos personagens é muito bom, e esse mistério proposto faz com que a montagem de cada  um deles seja mais gostoso. Além disso, a amizade sincera e profunda de Lia e Pauline me encontou.

"Eu vi novamente o olhar fixo e inexpressivo da morte de uma marionete com juntas ensanguentadas, aquela que havia me assombrado em meus sonhos na noite passada."
Pag. 181

     Eu queria uma heroína que não se apaixonasse, que lutasse contra as regras impostas, uma tremenda feminista revolucionária, mas tomei uma rasteira, pois isso não aconteceu. Claro que Lia é uma ótima protagonista, mas ainda assim eu esperava outra coisa.

     A autora descreveu bastante bem o trabalho na taverna, porém, deixou passar detalhes sobre essa cultura e as leis da época em que se passa a história.

     Ou seja, há algumas coisas muito boas e outras nem tanto. Gostei de muitas coisas, mas de outras não. Mas se eu colocar na balança, acho que o positivo acaba levando a melhor.

"Eu estava com raiva porque ela teve coragem de fazer o que eu não tive coragem de fazer! Quem era essa menina que metia o nariz entre dois reinos e fazia o que desejava? Eu queria saber."
Pag. 41

     Bom, se você curte romance, vai fundo. Se você espera magia, saiba que este não é o forte. Se você quer conhecer uma narrativa diferente e muito gostosa, mergulhe de cabeça.

     Leia e me conte!!