Título: Morte Invisível
Autoras: Lene Kaaberbol e Agnete Friis
Páginas: 317
Editora: Arqueiro
Não é exatamente uma sequencia do livro O Menino Da Mala (que eu adorei, resenha AQUI). A única coisa em comum é a enfermeira Nina Borg.
Nina Borg foi uma personagem que me impressionou bastante no primeiro livro da série, já em Morte Invisível eu não fiquei nada impressionada, pelo contrário, em alguns momentos eu achei que a Nina é que estava quase invisível.
Bem, mas vamos lá.
"Não era um homem alto, observou Nina.
Tinha um dos ombros mais caído que o outro
e, como a mulher, dentes cariados. Mas havia
uma inegável dignidade na sua recusa."
Pag. 141
Caso vocês não se lembrem, ou não saibam, Nina trabalha na Dinamarca, mas a história não se inicia com ela.
Desta vez vamos para a Hungria, onde a luta é contra os imigrantes ilegais e os ciganos. Ou seja, preconceito no nível mais alto que eu me lembre de ter visto em livros do gênero.
O nível de racismo é tão absurdo, que em alguns momentos fiquei enojada. Um deles foi quando um taxista maltratou um cliente com aparência de um homem cigano. Gente?!! Horrível.
Tamás é um garoto extremamente pobre, mas que tem a chance de mudar sua vida de modo errôneo, mas que ele enxerga como a única maneira. Ele encontra um artefato raro e muito valioso num lugar totalmente inusitado. Mas é óbvio que isso não seria fácil, e muito menos tranquilo.
E é aí que vamos conhecer melhor Sándor. Ele é o irmão mais velho de Tamás. Porém, Sándor nada tem a ver com o que Tamás faz, nem com nada da vida dele. Mas Tamás envolve o irmão na hora da fuga.
E então a história de Nina Borg, Tamás e Sándor se entrelaçam.
A vida de Nina não ficará nada fácil quando isso acontece. Ele tem problemas com o marido, com as filhas, com seu trabalho... Tudo. Mas ela não desiste. Suas convicções falam sempre mais alto.
" - São uns idiotas que acreditam cegamente em
tudo o que diz a propaganda nacionalista da
televisão. Como é que podemos deixar essa gente
marchar nas ruas com esses uniformes ridículos?
Será que não aprendemos nada?"
Pag. 24
O que eu gostei na leitura foi justamente essa chamada brusca para o racismo. É difícil encontrar isso em livros de ficção. Digo racismo entre povos que são muito parecidos fisicamente. Outra coisa que eu achei incrível foi citar o nível de miséria que algumas famílias vivem. Eu, que não tenho nem ideia de como é realmente os lugares citados, sempre imaginei que todas as pessoas que moram ali são ricas e vivem extremante bem. Me surpreendi muito em descobrir que não, que exite pobreza e pessoas sem educação, rsrs. Parece bobagem, mas às vezes temos a impressão que essa falta de educação e essa pobreza é mérito nosso, ou de países parecidos com o nosso. Enfim, me enganei, rsrs.
Agora o que eu não gostei foi a falta da Nina, eu entendi a importância dos outros personagens na trama, mas eu queria mais dela.
Outra coisa foi a narrativa lenta deste livro. Demorei tanto pra engatar na leitura... E depois que engatei fiquei num engata e desengata que fiquei até cansada. Ele tem momentos de adrenalina e descrições interessantíssimas, e na sequencia um marasmo total.
A leitura valeu pela personagem Nina Borg e pela trama em geral. No final eu gostei da leitura!!!
A capa está belíssima!!! Isso não dá pra negar!!
Recomendo para quem gosta de tramas policiais e um leve suspense!
Oie more... que legal a sua resenha....
ResponderExcluir:3]
simplesmente adorei!
sabe que não li nem o primeiro da série... não sei essas capas são muito seriais killers pra mim
mas agora tua resenha me deixou com aquela pontinha de curio pra ler...
vou ver se encaixo nas leituras beijos!
http://cantodadomino.blogspot.com.br/
Olá Alessandra,
ResponderExcluirLi o O menino da Mala e gostei bastante, mas esse fiquei em dúvida, essa é a primeira resenha que leio dele e apesar dos detalhes me animou muito, ótima resenha.....bjs.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Gostei muito do livro O Menino da Mala, estou bastante interessada em ler esse, curto muito tramas policiais, já foi pra lista de leituras.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá!!
ResponderExcluirAinda não li O menino da Mala, mais li o Morte Invisível e Nina Borg também me impressionou bastante um fato muito legal que eu achei desse livro a princípio foi a realidade abordada pelas autoras e inclusive me pegou de surpresa, até porque exatamente esse preconceito racial não é muito comentado por aqui, mas pesquisei e realmente o povo Romani e os muçulmanos são tratados como párias na Europa. E dentro desse contexto, em que eles sequer podem ser atendidos em hospitais, pois vivem à margem da legalidade em condições subumanas, surgem médicos que, cumprindo o seu dever e juramento de salvar vidas, se colocam em risco para atendê-los e é um livro realmente explosivo, intenso e fantástico. *----*
Lele!
ResponderExcluirAcredito até que nem seja mesmo uma série, seja apenas a protagonista participando dos livros.
Realmente o tópico racismo é bem importante de ser tratado em qualquer país no mundo, principalmente nos países onde os conflitos são constantes.
De qualquer forma acredito que valha a pena a leitura para um entendimento maior do que se passa em outros países com relação ao tema.
Bom final de semana!
“O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros.” (Alexandre Herculano).
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
não é um livro que me deixe louca de vontade de ler, o enredo acaba por ser estranho
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Achei super interessante esse livro e tenho vontade de lê-lo quem sabe eu não compro e leio, gostei muito da resenha bjs
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