#Resenha: Reconstruindo Amora - Do Reflexo à Grandeza


Título: Reconstruindo Amora - Do Reflexo à Grandeza   

Autora: Giulianna Palumbo

Páginas: 162

Editora: Biografia












     Recebi este livro de presente da autora e já de cara me encantei pela capa. Sim, ainda sou do tipo que se entrega de amores por uma capa bonita.

     Aí fui ler um pouco mais sobre a história, mas sem ler sinopse, pois queria ter surpresa na leitura... Descobri que o protagonista se chama Danilo. Pronto, foi o suficiente pra me fazer querer muito ler. Danilo é o nome da Lorelay Fox, uma Drag que eu AMO!! E como o livro traz um Danilo e uma Drag chamada Amora, eu não tinha nem como resistir a esta leitura.

     Danilo é um garoto que aos vinte e dois anos não se encontro, não se encaixa neste mundo que conhece. Nada lhe é adequado. Porém ele não sabe o que lhe falta. Tem uma impressão, uma sensação do que é, mas não tem certeza de nada. 

     Com a morte da sua avó, a família foi obrigada a mudar para um lugar um tanto isolado, onde as coisas da cidade grande não chegam com tanta facilidade. 

     Ele não conheceu a avó, mas algo o ligava a ela. A avó tinha o que lhe faltava. 

     Neste momento ele olha para o espelho, não se vê como vê sua avó no retrato. Seu reflexo nada tem a ver com a imagem da avó numa foto. E neste momento, Danilo munido das maquiagens da sua mãe, resolve se transformar na avó. 

     Mas algo mais acontece, ele se vê de verdade. Ele não é a avó, e também não é Danilo, ele é outra pessoa. 

     Assim, na loucura e na coragem, ele coloca suas coisinhas numa sacolinha, pesquisa sobre uma balada Drag no centro de São Paulo e se manda pra lá, como se tudo fosse se resolver num piscar de olhos. 

     A partir deste momento Danilo irá conhecer muito mais do que a si  mesmo. Ele não se monta neste dia, mas o mundo Drag começa a se descortinar. Não pense nem por um minuto que quando ele consegue se achar neste mundo e não se sentir mais deslocado as coisas serão simples e um final feliz irá acontecer. 

     Quem disse que ser Drag é fácil?

     Quem disse que não exite homofobia?

     Ai que sofrimento.

     Confesso que eu queria mesmo que tudo acabasse ali, feliz, batendo cabelo, cantando, interpretando e dançando como se não houvesse amanha, mas a autora não tem coração.

     Tem violência, tem brigas familiares, tem muito sofrimento, e bota dor nisso... Um pouco depois da metade já tá lá instalado um nó na garganta. E no final não há aquele final maravilhoso e cheio de vida, só há vida. Como ela é, sobrevivendo todo dia... um pouco mais, e tentando ver coisas boas em tudo...  e subindo no palco e deixando as dores pra trás por pelo menos aqueles minutos. Deixa pra chorar no travesseiro depois.


     Eu AMEI DEMAIS!!!

     É narrado em terceira pessoa, mas temos total visão dos personagens e de seus sentimentos o tempo todo!! Narrativa fácil de ser lida, sem especulações do assunto. Simplesmente uma delícia!

     Recomendo para todos os leitores. E para quem deseja entender melhor sobre a arte Drag, suas dores e alegrias. 

     Leiam! É uma leitura muito importante para todos!









     


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