Título: Os Dois Fazendeiros
Autor: Matheus Zucato
Páginas: 68
Editora: Autografia
Resenhado por: Michelâyne
Os dois fazendeiros é um nacional,
escrito por Matheus Zucato. O livro é pequeno e fluído, mas profundamente
instigante, senti arrepios com as cenas relatadas por Enrico, um dos
fazendeiros da pequena cidadezinha mineira de Caminho da Fé.
Neste exemplar, somos envolvidos num
cenário típico de interior, a rotina calmante e recheada de lendas e
superstições. Dois senhores viúvos, acometidos por grandes perdas, decidem
quebrar a promessa e encerrar de uma vez por todas a disputa que havia entre
eles.
Os dois protagonistas nutrem um ódio e
apesar disso se dizem “companheiros”, tudo começa com a discussão por um pedaço
de terra que divide suas terras, mas, que na verdade não era de grande valia
para ambos, levados pelo orgulho, não abriam mão de sua parte. Uma força
maléfica, uma bruxa, foi nutrida pela ganância, o orgulho e o ódio dos dois, fazendo-os
reféns, os relatos são bem perturbadores, apesar disso, cada um estava
preparado para assassinar o outro, isso é notado pelas anotações que ambos
tinham em forma de desabafo.
"O orgulho nocauteia a razão e
destrói qualquer vontade dos homens de exercer o bem."
Acaba-se o livro sem saber se os
relatos de fato aconteceram ou foi algo criado por suas mentes solitárias. E
acho que a proposta foi exatamente deixar o leitor encontrar sua própria
conclusão, como em histórias dos interiores a fora, onde escutamos diversos
relatos e fica de cada um se acredita ou não. Em suma amei muito a leitura, não
se enganem pelo tamanho, o livro é maravilhoso do início ao fim, a melhor parte deste conto é nos deixar boquiabertos
ao chegar ao final, repletos de dúvidas e intrigados. O livro me surpreendeu e
vale apena a leitura !!
" ... histórias contadas para
crianças sempre são de toda ou maior parte amenizadas, amortecidas,
anestesiadas, de modo a não cultivar negativamente o cérebro imaginativo e
mágico dos seres de pouca idade. A nós, os velhos, os adultos, os homens, são
contados fatos. Sempre fatos. E nós fazemos o contrário: Nós 'desimaginamos' o
que nos contam, de modo que nossas vidas permaneçam sempre as mesmas"
XOXO 5/5
Estas disputas de terras, marcações de território e brigas que duram gerações, ainda existem aqui pras bandas das Gerais! Isso tudo misturado a uma pontinha de suspense e terror,melhor ainda!rs
ResponderExcluirCom certeza, vai para a lista de desejados.
Amo nossa literatura nacional.
Beijo
Michelâyne eu adorei a resenha, estava doida pra ler sobre o livro, agora sabendo que o autor deixou essa proposta para nós leitor de ter nossas próprias conclusões eu só me interessei ainda mais pela leitura.
ResponderExcluirJá está nos desejados!
Bjs!
Eu já tinha visto esse livro há um tempo em algum blog. É uma ideia interessante e assustadora, pois é uma situação possível. Uma desavença que parece crescer e nos deixar ansiosos com um possível desfecho trágico. Imagino que realmente deve ser uma leitura intensa, embora o livro seja curto.
ResponderExcluirOi, Mi.
ResponderExcluirAdorei a capa desse livro e já fiquei arrepiada só de ler a sua resenha!! Rs...
Dica anotada!
Beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Gostei muito , despertou a curiosidade ,vou adquirir um exemplar.otima resenha.
ResponderExcluirÓtima resenha, a história despertou interesse em ler, tô ansioso 😊😋
ResponderExcluirEu adoro suas resenhas, acerta em cheio como chegar no leitor. Fiquei com muita vontade de ler o livro, obrigada!! Você arrasa.
ResponderExcluirMichelâyne!
ResponderExcluirInteressante ver a raiva entre os protagonistas e o dilemas de se dizerem companheiros.
Gosto dos finais abertos que dão asas a imaginação do leitor para entender como achar melhor.
Bom final de semana!
“.Aquilo que eu não sei é a minha melhor parte! “ (Clarice Lispector)
cheirinhos
Rudy