#Resenha: Os Meninos Que Enganavam Nazistas

  

Título: Os Meninos que Enganavam Nazistas

Autor: Joseph Joffo

Páginas: 288

Editora: Vestígio 











     Joseph Joffo, o autor deste livro, é o nosso protagonista. Junto dele e do seu irmão, nós vamos acompanhar a saga pela sobrevivência deles durante a Segunda Guerra.


"Sempre achei o amor dos franceses por seu país meio sem graça. É tão óbvio, tão natural. Mas o que eu sei é que ninguém amor tanto esse país quanto meu pai, nascido a oito mil quilômetros daqui."Pag. 23


     Joseph era um menino bem moleque mesmo. Sua brincadeira divertida era jogar bolas de gude, e quando perdia isso era um sofrimento imenso pra ele. Coisa de molequinho. E justamente por isso o título original deste livro é "Un Saco De Billes", que remete ao jogo e a coisas bem importantes que acontecem durante a sua história. 

     Entendo terem mudado o título para as telas e também para esta nova edição. Ambos os títulos me agradam, pois fazem todo o sentido.


"Minha estrela. Por um saco de bolinhas de gude.Foi meu primeiro negócio."Pag. 33


     Os dois meninos nunca foram ligados a nenhuma religião. Não iam à sinagoga, nem à igreja. Não praticavam o cristianismo, mas também não eram judeus. E isso não os transformava em pessoas ruins, de forma alguma. Seus pais eram extremamente amorosos e preocupados, só não queriam carregar uma religião aos filhos, sabendo muito bem o quanto isso seria difícil para eles em se tratando de tempo de guerra. Mas não teve jeito.

     Joseph conta sua versão do início da guerra pelos olhos de uma criança de dez anos. E isso ao mesmo tempo que alivia o horror que estava acontecendo, deixa nosso coração apertado, pois sabemos o que ele ainda não estava entendendo.

     No colégio ele se dava bem com todos, mas dia após dia, seus "amigos" começaram a se afastar. Riam dele pelas costas. Faziam chacota. Os professores que antes lhe davam total atenção, agora nem o deixavam falar, nem ao menos olhavam pra ele. Até o momento em que uma turma de "Cristãos" lhe dá uma surra enquanto o chama de judeu. E ele nem sabia o que era ser um judeu.

     A situação da família toda vai tornando-se mais difícil e perigosa. Ao ponto do pai entregar dinheiro e uma pequena malinha para seus filhos e ordenar que eles pegassem um trem e fossem para uma zona livre. 

      Dois meninos de dez e doze anos tendo que se virar sozinhos para sobreviver. 

      Joseph vai perdendo sua inocência e sua meiguice durante todo os anos que vão se passando durante a história. E não é por causa dos anos, mas sim pelo aprendizado. Ele foi obrigado a ser um menino responsável e destemido para sobreviver.

     Eu nem consigo imaginar como deve ter sido para a mãe mandar seus meninos sair de casa durante a madrugada para que eles pudessem se salvar. O tipo de coisa que deve ter passado por sua cabeça... e esse pai? Ai que sofrimento!!! 

     Eles passam por poucas e boas... com a promessa de não se separarem. Mas não há promessas durante a guerra que perdure. O que posso dizer é que mesmo separados, um tenta ajudar o outro sempre. A vontade de conseguir se livrar de tudo aquilo e de seguir para o próximo ponto de encontro e encontrar enfim a liberdade é o que os torna tão unidos e fortes.

     Não espere um livro forte e comovente com uma narrativa poderosa. Não irá encontrar isso aqui. Joseph transcreveu exatamente o que ele viu e sentiu quando tinha dez anos, ou seja, não entendia muita coisa. Não conseguia compreender como alguém que nem o conhecia podia lhe odiar tanto, mesmo assim ele segue seu caminho. 

     Se você gosta de biografias, ou de livros que se passam na guerra, mas quer ler algo mais leve, aproveite a leitura! Recomendo!!







     

 
















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5 comentários

  1. Sou apaixonada por livros que trazem algo sobre a Segunda Guerra.
    Aliás, minha coleção só tem aumentado nesse gênero(ufa).rs
    Ainda não pude ler esse livro, apenas vi a adaptação que achei incrível.
    Não é tão pesada quanto a maioria dos livros e filmes do gênero, mas é um filme bonito e triste.
    O livro já está na lista de desejados. Espero poder ler em breve.
    Beijo

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  2. Oii Lelê!!
    Gostei de saber que não preciso ir com tanta sede ao pote achando que irei encontrar uma história comovente...Gostei de saber sua opinião e agora pretendo não ir com tanta expectativa nessa leitura.
    Bjs!!

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  3. Como sou apaixonada por livros que se passam durante a segunda guerra mundial com ênfase no Holocausto eu confesso que estava com muita expectativa sobre esse livro mas foi bom saber sobre a sua opinião acho que vou colocar outros livros como prioridade então

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  4. LÊ!
    Gosto muito dos livros ambientados na 2ª guerra e na época do naZismo e achei bem interessante o entrosamento deles e como faziam para se disfarçarem e não serem judeus...
    “Não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos!” (Desconhecido)
    BOA PÁSCOA!
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA MARÇO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  5. Oi, Lelê.
    Esse livro parece lindo! Gosto de histórias assim mais leves também!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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