Mascarados – a verdadeira história dos adeptos da tática Black Bloc, livro reportagem lançado neste mês pela Geração Editorial, teve anúncio censurado pelo Metrô de São Paulo, sem motivos plausíveis.
A peça publicitária seria veiculada a partir do dia 28 deste mês nas linhas verde e vermelha. Segundo a funcionária da equipe de vendas, a peça não foi autorizada pois poderia incitar a violência e que o Metrô tem total autonomia para barrar anúncio que eles julgam ir contra o regulamento da companhia. Até o momento a Geração Editorial não foi informada sobre as regras do regulamento e elas não constam no mídia kit.
Mascarados, livro escrito pela cientista social e professora da Universidade Federal de São Paulo Esther Solano e pelos jornalistas Bruno Paes Manso e Willian Novaes, revela quem são, o que pensam e o que queriam os Black Blocs. A obra mostra uma realidade bem mais complexa dos adeptos da tática Black Bloc que, a partir de junho de 2013, invadiram as ruas com suas manifestações violentas e, para alguns, selvagens. “Essa atitude do Metrô é justamente o que eu queria criticar escrevendo o livro, por que julgar, censurar, sem conhecer? Por que sempre cair em preconceitos? Mascarados é a proposta contrária, traz o debate, o conhecimento e a pesquisa e serve para combater essa intolerância que nos faz a cada dia mais ignorantes”, disse a professora Esther Solano, uma das autoras.
“Como uma empresa proíbe o anúncio de um livro sem ao menos ler? Isso é censura! Vale lembrar queMascarados têm entrevistas com policiais, jovens e inclusive com um coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo que leu a obra e aprovou o conteúdo. O livro em nenhum momento é uma apologia à tática Black Bloc e sim uma grande reportagem mostrando quem são e o que pensam esses jovens. Enfim, é uma vergonha o que aconteceu já que julgaram o livro pela capa. Isso é de uma ignorância sem tamanho.”, avalia o jornalista Willian Novaes, coautor da obra.
Se fosse uma simples empresa privada que praticasse a censura e justificasse, com provas, que o livro iria contra suas políticas, eu até entenderia, Lelê. Mas, nesse caso, é um absurdo. Temos que lembrar que a referida empresa representa o público, mesmo que em forma de concessão. E o que ela censurou é uma informação que só trará benefícios à população. É inaceitável.
ResponderExcluirÉ triste, muito triste mesmo, certas coisas que só acontecem nesse nosso país.
M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de dezembro
Eu fiquei sabendo disso ontem, e achei uma pena e um grande absurdo. Somos obrigados a ver propagandas políticas mais do que enganosas e quando é para vincular a respeito de um livro sério, vem esta papagaiada!
ResponderExcluirBjs, Rose
Nossa que absurdo, censura desse livro, num faltava mais nada pra acontecer nesse nosso país.
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